quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Me, Sex and the City in Sydney

Quando criei esse blog meu primeiro leitor e grande amiga me disse que ao ler minha primeira postagem lembrou muito de “Sex & The City”, das cenas que a Carrie Bradshaw escreve sua coluna. E que o seriado descrevia cada um dos nossos amigos...hehehe! Eu tenho que concorda com ele 100%.
No meu ultimo aniversário escolhi como presente a coleção completa da serie, o que foi um dos melhores presentes e o segundo foi kit Covet, perfumes e hidratantes by Sara Jessica Parker
O que mais amo neste seriado e que em cada personagem vejo um pouco de mim e dos meus amados amigos que ficaram no Brasil. As experiencias vividas pela Carrie, Charlotte, Samantha e Miranda e a copia de momentos inesquecível que experiência no Rio.
Ultimamente, tenho sentido saudades enormes da minha família, amigos e a cidade que mais amo no mundo; Rio de Janeiro. Quando deito e fecho os olhos fico imaginando o que vou fazer com meus velhos amigos, onde vou comer as comidinhas brasileiras que morro de saudades.
“An american girl in Paris” me fez chorar e sentir mais saudades ainda da minha vida no Brasil. Tenho que confessar que este episódio da 6 temporada e o filme da minha vida em Sydney, a única diferença e que meu namorado me deu atenção o tempo todo e traduzia as conversações diferente do Alexander Petrowsky.
Fico feliz em saber que não fui a única que experiência essa falta de conexão com determinado lugar e que isso e muito comum quando mudamos de um pais para outro. Você se sente uma crianca crescida, que sabe falar e ninguém pode te entender e vice- versa. E como um folha seca voando ao vento.
Ao mesmo tempo que você esta rodeado de lugares bonitos, cultura , história, comida de diferentes paises, todas as maravilhas que outros paises podem te oferecer , se você não estiver conectado com o lugar, o que você realmente sente e o isolamento como se estivesse no deserto.
No final de tudo acredito que sempre existe uma razão para tudo que nos acontece e a solidão, adaptaçâo, entre todos os fatores de recomeçar do zero e valoroso. Me sinto, mais forte e acho que essa mudança me ensinou muita coisa que um dia sera útil.
Beijos para todos

domingo, 16 de maio de 2010

Bunda e futebol não e unica marca brasileira no exterior

Quem decidi morar longe do seu Brasil como fuga ou qualquer outra razão parece cair numa armadilha. No Brasil todo mundo e igual que nem percebemos,onde estamos ou o que somos e muitas vezes só denegrimos a nossa cultura. Escapar raízes e algo que eu considero impossível aqui. Todos dias, toda hora, minuto e segundo você e lembrado de que não pertence ao local que você escolheu para morar.

Não porque sou brasileira,mas sem duvidas o Brasil e um dos países mais populares do mundo. Por onde ando sempre tem que ter algo que veio do Brasil ou alguém que sonha em visitar ou já visitou e leva leva um pouco da cultura brasileira contigo“jeito brasileiro” a sua cultura.

Minha vida na Austrália e mais ou menos assim, sou sempre perguntada de onde sou “ por causa do meu adorável sotaque” e isso e quase todos os dias. Roupas coloridas, sapatos de qualidade e calca renas apertada e uma marca registrada das brasileiras.

Quase tudo que uso como roupas, sapatos, bijuterias vem da pátria amada e sempre alguém me pergunta onde comprei.

Tenho uma amiga australiana que nunca visitou Brasil, e só conhece o pais através de amigos que encontrou na Nova Zelândia. Ficou empolgada com a cultura do “beijinho” que damos um no outro como cumprimento e encantada pelos garotos latinos, comprou um para aprender a falar português. Hoje fala fluentemente, samba, dança funk e come arroz e feijão.

Sabe tudo sobre moda, musica, gírias brasileiras, novelas, etc. Em festa brasileira, e figurinha marcada e muito popular no orkut. Assim, como ela existem vários.

No jantar de aniversário de uma amiga, o papo da mesa era filmes brasileiros e as belezas naturais do pais. Na mesa havia pessoas de diferentes nacionalidades como Polônia, Itália, Austrália, Irlanda entre outras de países asiáticos.

“I saw a great brazilian movie about the beatifulll brazil” foi a primeira frase que ouvi de um americano que mora na Austrália há 20 anos. Segundo ele, o filme despertou ainda mais desejo de conhecer o pais que e tão lindo.

O filme que ela citou era “Casa de areia” com a Fernanda Torres, que por sinal nenhum dos brasileiros presentes haviam assistido. E o assunto não parou por ai, mencionaram culinária, festas, brasileiros que encontraram que já voltaram para casa, deixando muitas saudades e que dividiram experiências maravilhosas.

Infelizmente, quando se encontra grupos de brasileiros não essas coisas que você ouve com algumas exceções. Muitas vezes me deprime ouvir brasileiros depreciarem a sua terra natal, cultura e ainda se acharem que são algo diferente das coisas negativas que saem da boca. Acredito eu quem fala mal de sua casa esta fazendo propaganda negativa de si mesmo.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Australia escola de" vida" e a terra do "adeus"

Desde que decidir vim morar na Austrália vocês não fazem ideia de quanto aprendi neste lugar. Todos os dias e como ir para escola aprender uma algo novo. Entre um aprendizado e outro se aprende a falar inglês, cumprimentar pessoas de diferentes nacionalidades, como apreciar comidas de vários cantos do mundo,ver as diferentes formas como mulher e idosos são vistos em outras sociedades,entre outras diferenças culturais.
Na verdade quando cheguei meu único foco era dominar a língua inglês e saber sobre a cultura australiana,(sobre isso vou falar depois, porque e algo muito confuso). Foi impossível aprender somente inglês e a cultura australiana, pra começar tive que aprender a andar na rua como eles,que o jantar e a refeição mais importante do dia e não o café da manha ou almoço, recém-nascidos não toma agua antes de completar 9 meses de idade.
Por exemplo, no Brasil quando usamos escada rolante ficamos em pé em qualquer lado e a escada encarrega de fazer seu papel. Na Austrália a direita e destinada para os apressados e deve esta sempre livre, se você ficar parado vai ouvir sempre alguém com raiva “excuse me”, o que a maneira educada de pedir licença ou “getout” que e mais agressivo .
Agora que estou familiarizada com a regra quando vejo alguém parado a direita, já logo penso e recém-chegado ou turista. A mesma regra e aplicada para o transito, o oposto do que estamos acostumado no Brasil ou em outros países.
Fazer amigos brasileiros e pessoas de outros países e a coisa mais fácil que existe aqui, principalmente europeus e sulamericanos. Acho que um dos fatores para isso e a semelhança de culturas e o apego que temos uns pelos outros, porque adoramos fazer festa para reunir os amigos e divertirmos. As naciolinadades mais comuns são Colombianos, peruanos e chilenos, mexicanos, italianos, portugueses, franceses, poloneses, alemos, entre outros, australiano, mesmo morando no pais e algo bem raro.
Quando conheço brasileiros que moram aqui por muito tempo sempre pergunto “você tem amigos australianos?” a resposta e sempre a mesma, “não”. Algo interessante e que quando um australiano conhece Brasil e outros países do Sul da América, voltando aqui eles estão sempre com brasileiros, falam português, dança samba, come feijoada, farofa e churrasco ao nosso estilo, cantam musicas brasileiras e vestem como a gente.Fazem piada de tudo e dão risada de nada...Se tornam figurinhas certas que qualquer evento da comunidade brasileira.
Uma das coisas que mais que mais aprendi e uma das mais dolorosas e ter que da “adeus” aos amigos que aqui encontrei. Só este mês já recebi 5 convites para festa de despedidas de brasileiros que decidiram voltar para casa. Motivo, são vários: entre eles saudades da família, do Brasil, frustacao de sentir sozinho ou dos subempregos( que na maiorais das vezes e trabalho pesado que estressa o físico e a mente), falta de afeto dos amigos de infância e da família, etc. Essa semana me emocionei com o profile de uma amiga no orkut que esta de malas prontas para voltar para o Brasil. O que mais me chamou atenção e o ultimo paragrafo, onde ela diz “Não atingi o meu objectivo aqui de falar inglês fluente, mas sei que quando eu voltar para o Brasil, voltarei uma pessoa diferente e com certeza uma pessoa muito melhor”.